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A UFF recebe a visita do professor alemão Marcus
Coelen, da Ludwig-Maximilans-Universität de Munique, Alemanha, que dará
um curso sobre a questão do reconhecimento na "Fenomenologia do
Espírito" de Hegel.
O curso terá duração de 3 dias e ocorrerá nas seguintes salas e horários:
Terça-feira, dia 11/12, das 10 h às 13h, na sala 510 do Bloco O
Quarta-feira, dia 12/12, das 10h às 13h, na sala 516 do Bloco O
Quinta-feira, dia 13/12, das 15h às 18h, na sala 510 do Bloco O
Serão emitidos certificados de participação.
Curso e uma biobibliografia do prof. Marcus Coelen.
Marcus Coelen é Professor Associado nos departamentos de Letras Romanas
e Literatura Geral e Comparada da Ludwig-Maximilans-Universität de
Munique, Alemanha. Atualmente é Professor Convidado na UFMG e na USP. Em
2012, foi Professor Convidado na Université Denis-Diderot, Paris VII.
Psicanalista em Munique e Paris, traduziu de Maurice Blanchot, entre
outros, os Ecrits politiques, 1958-1993 (Politische Schriften, 2007), Le
pas au-delà (Vergehen, 2011), assim como editou e traduziu uma
coletânea de textos e fragmentos filosóficos do mesmo autor (Das
Neutrale, 2010). Recentemente, editou uma coletânea de textos sobre a
“cena primitiva” blanchotiana e psicanalítica (Die andere Urszene,
2009). Autor de um livro sobre Proust (Die Tyrannei des Partikularen.
Lektüren Prousts, 2007), dirige com Felix Ensslin a coleção poliglota
Subjektile, consagrada ao campo da filosofia, da psicanálise e do
pensamento literário de hoje, pela editora Diaphanes, Zurich, Berlim.
Campos de pesquisa: relações entre filologia e psicanálise, a obra de
Maurice Blanchot, a psicanálise enquanto crítica epistemológica,
pensamento francês do século XX.
Marcus Coelen
Para uma leitura do “reconhecimento”: um percurso a partir da autoconsciência na Fenomenologia do Espírito de Hegel
Mini-curso
“É uma autoconsciência para uma autoconsciência.” (“Es ist ein Selbstbewusstsein für ein Selbstbewusstsein.”)
A partir dessa frase, que se encontra no capitulo da Fenomenologia do
Espirito de Hegel em que, pela primeira vez, “o conceito do espírito é
existente para nós” (“ist … der Begriff des Geistes für uns vorhanden”),
o seminário proporá uma leitura do complexo do “reconhecimento” em
Hegel. Nessa leitura, tentaremos ser o mais atentos possível à letra do
texto, a seus movimentos sintáticos e ao emprego dos elementos
morfológicos (“an”, “für”) - a fim de mostrar que a famosa “luta pela
morte e pela vida”, que se encontra nessa “complexo”, é também uma luta
com a linguagem e a escritura.
Leremos, além das partes da
Fenomenologia, excertos dos Fragmentos do Sistema do periodo de Jena, e
nos referiremos também a alguns aspectos dos comentários de Kojève,
Heidegger, Derrida, Nancy, Agamben et al.
Bibliografia basica:
Georg Wilhelm Friedrich HEGEL: Die Phänomenologie des Geistes. Neu
herausgegeben von Hans-Friedrich Wessels und Heinrich Clairmont. Mit
einer Einleitung von Wolfgang Bonsiepen. Hamburgo: Meiner 1987. / La
phénoménologie de l'esprit. Traduit par Jean Hyppolite. 2 vols. Paris:
Aubier 1939. / La phénoménologie de l'esprit. Traduit par Bernard
Bourgeois. Paris: Vrin 2006.
Georg Wilhelm Friedrich HEGEL: Jenaer
Systementwürfe. Herausgegeben von Rolf-Dieter Horstmann u.a. 3 vols.
Hamburgo: Meiner. 1986 -1987. / Notes et fragments : Iéna 1803-1806.
Traduits par Pierre-Jean Labarrière. Paris: Aubier, 1991.
Giorgio AGAMBEN. Le langage et la mort. Traduit de l'italien par Marilène Raiola. Paris: Bourgois, 2003.
Jacques DERRIDA. “Le puits et la pyramide.” In: Marges de la philosophie. Paris: Minuit, 1972. Pp. 79-127.
Jacques DERRIDA. “Hors livre”. In: La dissémination. Paris: Seuil, 1972.
Martin HEIDEGGER. “Hegels Begriff der Erfahrung”. In: Holzwege.
Francoforte/Main: Klostermann, 1963. Pp. 105-192. / “Hegel et son
concept d'expérience”. In: Chemins qui ne mènent nulle part. Traduit par
Jean Grondin. Paris: Gallimard, 1983.
Alexandre KOJÈVE, “L'idée de
la mort dans la philosophie de Hegel”. In: Introduction à la lecture de
Hegel. Paris: Gallimard 1947. Pp. 529-575.
Alexandre KOYRÉ: Études d'histoire de la pensée philosophique. Paris: Gallimard, 1971. Pp. 147-225.
Jean-Luc NANCY. La remarque spéculative. Paris: Galilée, 1973.
Jean-Luc NANCY. L'inquietude du négatif. Paris: Hachette, 1997.
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